Amor, substantivo próprio.

"Amar, verbo intransitivo". Um romance de Mário de Andrade nunca lido. Mas esse título sempre ecoou, mesmo que não soubesse ao certo porquê ou sequer lembrasse o autor. Simplesmente achava bonito. Meus conhecimentos da língua sempre foram (e são!) limitados pela fragilidade da formação escolar e pela absoluta inabilidade, quase burrice mesmo, para percorrer (sem me perder) as vielas da gramática. Mesmo sem entender... "Amar, verbo intransitivo"... que bonito!

Foram muitos anos pra chegar a uma mínima aproximação do que poderia ser a intransitividade do verbo amar. Uma certa tautologia: amar seria, antes de tudo, um deslumbramento pelo poder amar ou pelo poder de amar. Desse jeito, parece de fato que não precisa, o amor, transitar para um objeto para se conferir sentido.

Mas foi assistindo ao documentário "Laerte-se" que encontrei a mais bonita e singela maneira de dizer O Amor. Com a palavra, Laerte:

"...Essa é a coisa poderosa no amor. Existe um país que é O Amor. As vezes você se vê lá dentro e nem sabe com quem você está direito. Nem sabe quem está te acompanhando. Mas o país é lindo! Interessante... Tem cenários bonitos... momentos... coisas fazem sentido. Coincidências não são coincidências. Tudo é diferente!"



Para os enamorados de amanhã que amam transitiva ou intransitivamente, mas que amam! Uma passagem para um país chamado AMOR!

Amor, substantivo próprio!

FOTO: Jardim de rosas em Praga. Julho/2012, iniciando uma jornada de amor.
CITAÇÃO: Filme Laerte-se de 2017


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