Desculpem o transtorno
Desculpem o transtorno
Por medida de segurança tapamos os ouvidos...COM MÚSICA
Compilar canções é tarefa antiga, coisa de quem queria mesmo era saber fazer canções.
Desde os tempos em que a gente corria para interromper a gravação antes da vinheta da rádio. Desde quando o 3 em 1 Panassonic permitia a incrível proeza de fragmentar LPs para recriar outro universo em cassete. Desde então, partir de uma ideia síntese e costurar, com versos alheios, histórias para cantar, tornou-se um hábito.Os cassetes viraram CDs, ganharam cor e imagem e foram figurar as estantes e carros dos pacientes, poucos e generosos amigos.
Teve CD só com Piazzolla para quem ainda não tinha ouvido falar dele. Teve "Os Avessos" com Bethânia pós 1990, inspirado em uma amiga que tinha parado em "negue seu amor e o seu carinho". Veio "Cada ser tem sonhos a sua maneira" que tenta explicar e entender que sonhos e urgências são mesmo coisa de cada um. Teve também "Matula", um pret a porter para meninos viajantes. "Rio em Sol Maior" uma elegia da cidade cenário. Até chegar ao "Casamento D'Ellas", um mimo-memória de encantamentos.
Depois, um hiato saudosista de quem demorou a aceitar a mudança de mídia (bom, isso parece meio típico da idade e da cabra do meu sol), enfim a resignação a Era dos aplicativos, plataformas digitais e o anglicismo irremediável: a playlist, a cassete de hoje em dia.
Os tempos são de feiuras vorazes e por isso, talvez, tenha voltado a fazer sentido juntar canções.
Desculpem o transtorno
Por medida de segurança tapamos os ouvidos...COM MÚSICA
Por medida de segurança tapamos os ouvidos...COM MÚSICA
Compilar canções é tarefa antiga, coisa de quem queria mesmo era saber fazer canções.
Desde os tempos em que a gente corria para interromper a gravação antes da vinheta da rádio. Desde quando o 3 em 1 Panassonic permitia a incrível proeza de fragmentar LPs para recriar outro universo em cassete. Desde então, partir de uma ideia síntese e costurar, com versos alheios, histórias para cantar, tornou-se um hábito.Os cassetes viraram CDs, ganharam cor e imagem e foram figurar as estantes e carros dos pacientes, poucos e generosos amigos.
Teve CD só com Piazzolla para quem ainda não tinha ouvido falar dele. Teve "Os Avessos" com Bethânia pós 1990, inspirado em uma amiga que tinha parado em "negue seu amor e o seu carinho". Veio "Cada ser tem sonhos a sua maneira" que tenta explicar e entender que sonhos e urgências são mesmo coisa de cada um. Teve também "Matula", um pret a porter para meninos viajantes. "Rio em Sol Maior" uma elegia da cidade cenário. Até chegar ao "Casamento D'Ellas", um mimo-memória de encantamentos.
Depois, um hiato saudosista de quem demorou a aceitar a mudança de mídia (bom, isso parece meio típico da idade e da cabra do meu sol), enfim a resignação a Era dos aplicativos, plataformas digitais e o anglicismo irremediável: a playlist, a cassete de hoje em dia.
Os tempos são de feiuras vorazes e por isso, talvez, tenha voltado a fazer sentido juntar canções.
Desculpem o transtorno
Por medida de segurança tapamos os ouvidos...COM MÚSICA
"Coisas mais lindas" é uma playlist de sutilezas. Enquanto a grande dor dança mambo - esse pode ser título de uma outra playlist. Pausa digressiva: vale ler "A cabra vadia" do Nelson Rodrigues se você não conhece a frase - voltando: Enquanto a grande dor dança mambo, uma "pausa de mil compassos" para ouvir canções-regaço. Grande parte das canções da lista orbita o amor e suas dimensões de encantamento. Decerto, o amor é mesmo território das coisas mais lindas que há, mas não foi esse o fio condutor. Cada canção que ali está tem um verso, um solo, um instrumento, uma voz, algumas dessas coisas e, muitas vezes, várias delas, que no humilde entendimento desta escriba, são de rara beleza. Músicas que suspendem e abraçam. Um pouco de amor em tempos de cólera.
Vamos ouvir as Coisas mais lindas? Clique aqui
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